Escolha foi adiada em um dia em decorrência de discussões e
brigas que tomaram o plenário durante abertura do ano no Legislativo
Em uma eleição recheada de polêmicas, Davi Alcolumbre foi
eleito presidente do Senado Federal, com 42 votos, para os próximos dois anos.
A votação teve início no começo da tarde deste sábado (02). Os parlamentares
acataram uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias
Toffoli, que determinou que o pleito deveria ocorrer por meio de votação
secreta.
Na sexta-feira (01), dia de abertura dos trabalhos no
Legislativo, a maioria dos senadores votou por uma eleição com voto aberto. No
entanto, a decisão de Toffoli, que ocorreu durante a madrugada pegou os
parlamentares de surpresa. Em protesto, alguns senadores falaram seu voto ou
mostraram as cédulas durante o processo de escolha.
Os senadores Major Olímpio (PSL-SP), Alvaro Dias (Podemos-SP)
e Simone Tebet (MDB-MS) retiraram a candidatura em favor de Davi Alcolumbre. O
principal oponente dele na disputa, Renan Calheiros, retirou a candidatura. Ele
ficou incomodado com parlamentares que decidiram abrir seu voto. A renúncia ao
pleito ocorreu após fala de Flávio Bolsonaro.
Aos 41 anos de idade, Davi e filiado ao Democratas, Ele já
foi vereador em Macapá e deputado federal até 2010 pelo estado do Amapá. Em
2013, ele foi investigado por supostas ligações com o doleiro Fayed Trabouli,
durante diligências relacionadas a um escândalo sobre desvios de dinheiro de
fundos de pensão.
Na época, ele admitiu ter mantido conversas com Fayed. Mas
disse que não tratou de assuntos financeiros. A continuidade das investigações
foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano seguinte. A Corte anulou
interceptações telefônicas feitas pela PF.
Touros1501 com informações do Correio Brasiliense